Prefeitura pede medicamentos e insumos emprestados para sua rede hospitalar
A grave crise no setor de saúde de Teresina
Na tarde desta sexta-feira, Charles Silveira, presidente da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS), destacou a grave falta de medicamentos e insumos que afeta a rede hospitalar e ambulatorial da cidade. Devido a essa situação, foram solicitados empréstimos de diversos itens ao Hospital Universitário da UFPI e ao Hospital Alarico Pacheco, em Timon.
Charles Silveira
Silveira informou que a FMS está em diálogo com a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) para garantir um maior fornecimento de medicamentos e insumos. Ele alerta que há um risco real de que as pessoas fiquem sem atendimento e até mesmo de mortes decorrentes da falta de determinados medicamentos.
Charles Silveira descreveu a situação como “um completo desastre, um abandono sem precedentes na história de Teresina”, referindo-se à declaração de emergência na rede hospitalar e ambulatorial, ocorrida na quinta-feira. Ele anunciou que serão realizadas compras emergenciais de medicamentos e insumos hospitalares, dispensando o processo licitatório devido à urgência da situação.
A dispensa da licitação é necessária porque o processo habitual levaria mais tempo do que o disponível para atender às necessidades emergenciais. Assim, as compras serão realizadas rapidamente para garantir o funcionamento de hospitais e unidades básicas de saúde, com a intenção de retomar os processos licitatórios normais posteriormente, conforme explicou Silveira.
O presidente da FMS enfatizou que todas as compras, mesmo as realizadas de forma emergencial e sem licitação, devem ser transparentes. As empresas fornecedoras serão convocadas publicamente e os gastos poderão ser auditados pelos órgãos de fiscalização e controle.
Fonte: FMS