Morre Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo brasileiro, aos 92 anos
Léo Batista, uma das figuras mais icônicas do jornalismo esportivo brasileiro, faleceu no último domingo (19) aos 92 anos no Rio de Janeiro. O jornalista estava internado desde 6 de janeiro no Hospital Rios D’Or, na Zona Oeste da cidade, lutando contra um tumor no pâncreas.
Leo Batista durante o programa Conversa com o Bial
Com uma trajetória que durou mais de sete décadas, Léo Batista cobriu eventos históricos marcantes, como o suicídio de Getúlio Vargas em 1954, e se tornou uma referência nas transmissões esportivas. Trabalhou na TV Globo por 55 anos, onde contribuiu para quase todos os telejornais e foi um dos responsáveis pelos icônicos “Gols do Fantástico”, quadro que apresentou até 2007.
Nascido João Baptista Belinaso Neto em Cordeirópolis, interior paulista, Léo começou sua carreira nos anos 1940 como locutor de alto-falante numa praça da cidade. Após passar por várias rádios no interior, destacou-se na Rádio Globo, onde narrou jogos e reportagens marcantes.
Em 1970, ele se juntou à TV Globo durante a Copa do Mundo no México, cobrindo um jogo de forma improvisada devido a um problema técnico. Seu desempenho impressionante garantiu sua contratação fixa, tornando-se uma presença constante no Jornal Nacional, Jornal Hoje e em programas esportivos como Globo Esporte e Esporte Espetacular.
A “voz dos esportes” e seu legado
Reconhecido por seu estilo singular e voz marcante, Léo Batista foi fundamental na criação de quadros icônicos, ajudando a popularizar o jornalismo esportivo na TV. Ele comandou quadros como “Histórias do Léo” no Globo Esporte e lançou o “Canal do Seu Léo”, onde compartilhava curiosidades e bastidores do mundo esportivo.
Léo Batista manteve-se ativo até pouco antes de sua internação, sendo o mais velho apresentador da Globo em atividade aos 92 anos. Sua presença constante nos corredores da emissora e seu carinho com colegas e fãs fortaleceram seu legado de humildade e dedicação.
A notícia de sua morte foi recebida com grande tristeza por profissionais da área e personalidades do esporte, que reconheceram sua inestimável contribuição ao jornalismo e seu papel como inspiração para diversas gerações. Léo estava viúvo e deixa uma família, amigos e admiradores que eternizarão sua memória como um símbolo da comunicação brasileira.
Fonte: Com informações do G1