Autoridades inglesas protegeram estupradores para não soar racista, diz jornal

Uma reportagem publicada no dia 4 de janeiro pelo jornal britânico The Telegraph, escrita pelos jornalistas Sam Ashworth-Hayes, colunista da publicação, e Charlie Peters, repórter do GB News, revelou uma trama sombria envolvendo a conivência de agentes estatais em casos de estupros cometidos por estrangeiros islâmicos, causando consternação na Inglaterra.

A investigação foi motivada pela decisão da ministra Jess Phillips de bloquear uma investigação pública sobre as gangues de exploração sexual em Oldham, o que gerou indignação, especialmente entre as vítimas que buscam justiça. Relatórios anteriores, como os de Rotherham e Telford, expuseram padrões alarmantes de negligência das autoridades, que costumavam ignorar denúncias para evitar tensões raciais. As narrativas das vítimas, muitas delas crianças, são profundamente perturbadoras, envolvendo abusos sistemáticos e encobrimentos. A pressão crescente por uma investigação nacional visa responsabilizar não apenas os perpetradores, mas também as autoridades que falharam em proteger as vítimas, destacando a urgente necessidade de transparência e justiça.

Foto: Reprodução/The Daily Telegraph

Rosto de abusadores

Entenda o caso:

A Polêmica Decisão de Jess Phillips

A escolha da ministra Jess Phillips de bloquear uma investigação pública sobre as gangues de exploração sexual em Oldham gerou uma onda de indignação e perplexidade. A revelação de que crianças foram vítimas de abusadores enquanto as autoridades failharam em protegê-las torna difícil justificar a decisão de evitar uma investigação nacional.

O Pedido por Justiça

Um relatório sobre os abusos em Oldham foi divulgado em 2022, mas focou apenas em um curto período de três anos, de 2011 a 2014. Sobreviventes clamam por uma investigação mais abrangente, conduzida pelo governo, que aborde um intervalo maior e preencha lacunas deixadas pela revisão anterior. No entanto, Jess Phillips defendeu uma nova revisão local, alegando que essa seria a melhor abordagem.

Um Padrão de Abusos

Oldham não é um caso isolado. Escândalos semelhantes ocorreram em cidades como Rotherham, Telford e Rochdale, onde gangues, em sua maioria de origem paquistanesa, foram acusadas de abusar de crianças brancas. Em várias ocasiões, as autoridades hesitaram em tomar medidas, temendo repercussões raciais e possíveis tensões comunitárias.

Relatos de Abuso

As histórias das vítimas são profundamente angustiante. Em Oxford, Mohammed Karrar foi condenado por preparar uma jovem para um estupro coletivo. Em Bradford, uma adolescente foi forçada a se casar com seu abusador, com a presença de um assistente social. Em Telford, a jovem Lucy Lowe foi assassinada pelo seu agressor, que incendiou sua casa.

Sob o Olhar Indiferente das Autoridades

Relatórios revelam que as autoridades frequentemente optavam por não agir, preocupadas em não prejudicar as relações comunitárias. A suspensão de licenças de motoristas de táxi suspeitos foi postergada, e casos de abuso foram negligenciados por medo de parecerem racistas. Essa inação permitiu que os abusos continuassem por anos.

Encobrimento e Falhas Sistêmicas do Sistema

O encobrimento desses crimes expõe graves falhas sistêmicas. As autoridades, em vez de proteger as vítimas, muitas vezes buscaram preservar a harmonia social. Vários casos foram deliberadamente abafados, deixando as vítimas desamparadas e sem justiça.

A Necessidade de uma Investigação Nacional

Há um clamor crescente por uma investigação nacional que responsabilize não apenas os perpetradores, mas também as autoridades que falharam em proteger as vítimas. Uma investigação de tal magnitude é vista como fundamental para revelar a verdade e garantir justiça.

Mudança de Paradigma

O escândalo das gangues de abuso sexual representa uma mancha na história do Reino Unido, conforme apontam opositores conservadores. Para a comunidade abalada pelas revelações recentes, a proteção das crianças deve ser uma prioridade inegociável, e as falhas que permitiram esses crimes precisam ser abordadas com total transparência.

Organizações de proteção à criança na Inglaterra e entidades internacionais alertam que o país precisa de uma abordagem renovada para assegurar que tragédias como essas nunca mais se repitam.

Fonte: The Telegraph

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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