Queda no desemprego em 2024 é sólida e abrange diversas áreas, afirma IBGE
Coordenadora do IBGE ressalta a consistente redução da taxa de desemprego no Brasil
A taxa de desemprego no Brasil tem mostrado uma queda contínua em 2024, indicando uma recuperação significativa no mercado de trabalho, segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em uma entrevista na sexta-feira (27), onde foram divulgados os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, ela destacou que a diminuição do desemprego é notável e abrangente, sem se restringir a um único setor econômico.
A redução do desemprego no Brasil traz progressos, mas desafios sazonais persistem.
Entre fevereiro e novembro de 2024, a taxa de desemprego caiu de 7,8% para 6,1%, o menor nível desde o início da série histórica da PNAD Contínua em 2012. Essa diminuição é interpretada como uma tendência robusta que reflete a recuperação gradual do mercado de trabalho brasileiro, mesmo enfrentando desafios relacionados à informalidade no emprego. “
“Observando o comportamento de 2024, vemos um progresso consistente que demonstra a capacidade do mercado de trabalho brasileiro, que, apesar de sua diversidade e da grande quantidade de trabalhadores informais, está aumentando o número de empregos com carteira assinada”, destacou Adriana. Ela enfatizou que a queda no desemprego está sendo observada em diversos setores, incluindo serviços qualificados, construção civil e até mesmo serviços domésticos, indicando uma recuperação ampla e disseminada.
Adriana também ressaltou que a continuidade dessa tendência de descida no desemprego dependerá de variados fatores econômicos, como a evolução da renda e a demanda por mais trabalhadores nas atividades econômicas.
Embora a queda na taxa de desemprego seja um sinal positivo, Adriana advertiu que o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta desafios sazonais. Tradicionalmente, o desemprego tende a aumentar no início de cada ano, mas, ao desconsiderar esses fatores sazonais, o comportamento das atividades econômicas será crucial para o futuro do mercado de trabalho no país.
Além disso, ela observou que setores como a agricultura, que enfrentam desafios climáticos, demandam menos mão de obra, enquanto a construção civil está passando por um crescimento expressivo, impulsionado pela necessidade de novas construções. A continuidade desse crescimento no setor dependerá do comportamento das atividades econômicas e da evolução dos rendimentos dos trabalhadores, que têm mostrado melhorias consistentes durante 2024.
Para 2025, Adriana sugere que o desempenho do mercado de trabalho será impactado pela estabilidade econômica, pela evolução da renda e pelas atividades econômicas, que precisarão continuar gerando empregos para sustentar o nível atual de consumo e a expansão da economia.
Fonte: Agência Brasil