Qual é a importância da análise fundamentalista para investir em ações?
Investir em ações exige conhecimento e planejamento. Por isso, a análise fundamentalista surge como uma das formas de análises mais populares do mercado.
Essa metodologia os ajuda a tomar decisões a partir de dados, identificando oportunidades e minimizando os riscos. Para os investidores que acompanham o mercado, a análise fundamentalista facilita a avaliação de empresas como a MGLU3, que está entre as mais conhecidas do Brasil.
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
Como funciona a análise fundamentalista?
A análise fundamentalista busca determinar o valor intrínseco de uma empresa, ou seja, seu valor real, independentemente das flutuações de mercado. Para isso, os analistas avaliam diversos aspectos financeiros, econômicos e setoriais que possam impactar o desempenho do negócio durante um determinado tempo.
São considerados dados como: receitas, lucros, capacidade de crescimento e endividamento da empresa. Esses dados são coletados a partir de relatórios periódicos, que costumam incluir detalhes sobre as últimas decisões da empresa, seus resultados e suas projeções futuras.
Essa abordagem pode ser dividida em duas frentes principais:
Análise quantitativa: Foca os dados financeiros da empresa, como demonstrações de resultados, balanços patrimoniais e fluxos de caixa.
Análise qualitativa: Avalia os fatores externos e internos que podem impactar o desempenho da empresa, como qualidade da gestão e posicionamento no mercado.

Por que os dados financeiros são importantes?
A análise fundamentalista utiliza diversos indicadores que ajudam a mensurar o desempenho da empresa. Alguns dos mais comuns incluem:
- P/L (Preço/Lucro): Mede quanto os investidores estão dispostos a pagar por cada real de lucro da empresa. Um P/L baixo pode indicar que a ação esteja barata, mas também pode refletir expectativas negativas.
- Dívida bruta: Total das obrigações financeiras de uma empresa (inclui valores como empréstimos, financiamentos etc.). Mostra os riscos relacionados à empresa.
- Dívida líquida: Total das obrigações financeiras de uma empresa subtraindo os seus recursos. Compara o nível de endividamento e a capacidade de crescimento da empresa.
- EBITDA: Sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (LAJIDA, no português). É um cálculo da geração de caixa vindo das operações de uma empresa, usado para avaliar competitividade e eficiência. Esse indicador não é obrigatoriamente divulgado por empresas de capital aberto, como a Petrobras (PETR4).
- ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido): Indica a capacidade da empresa de gerar retorno para seus acionistas.
- Demonstrativo do fluxo de caixa (DFC): Mostra como o dinheiro entra e sai da empresa, ou seja, as movimentações financeiras, suas origens, seus destinos e o saldo tanto inicial quanto final do caixa.
Encontrando oportunidades e diminuindo riscos
Um dos objetivos principais da análise fundamentalista é justamente identificar quais empresas são subvalorizadas pelo mercado. Isso ocorre quando o preço das ações está abaixo do valor real da empresa, indicando uma potencial oportunidade de investimento.
Por outro lado, também é possível identificar sinais de alerta. Por exemplo, alta alavancagem financeira ou baixa capacidade de geração de caixa, ajudando os investidores a evitarem armadilhas.
Principais vantagens da análise fundamentalista
- Gera decisões mais fundamentadas: A análise profunda das empresas permite que os investidores tomem decisões com base em dados concretos, e não em informações mais subjetivas, como intuição, rumores ou especulações de mercado.
- Funciona para o longo prazo: A análise fundamentalista é ideal para investidores que buscam retornos consistentes no longo prazo.
- Ajuda na identificação de boas oportunidades: Compreender o valor real das empresas ajuda a identificar oportunidades de investimento, principalmente no caso de ações subvalorizadas.
Principais desafios da análise fundamentalista
Apesar de suas vantagens, a análise fundamentalista pode exigir um volume significativo de tempo e dedicação para entender profundamente os dados financeiros, os fundamentos de empresas e as dinâmicas de mercado. Além disso, não é uma garantia de retorno, pois imprevistos macroeconômicos ou internos podem afetar o desempenho das empresas.
Por que é a melhor escola de investimento para muitos?
A metodologia é amplamente utilizada por investidores que buscam a construção de patrimônio a longo prazo. Isso porque empresas com fundamentos sólidos tendem a superar crises e a gerar retornos consistentes ao longo dos anos. Não à toa, muitos dos maiores investidores do mundo, como Warren Buffett, utilizam essa metodologia como base para suas decisões.