PSG cura todas as feridas em aula de futebol contra Inter e entra no Olimpo da Liga dos Campeões
O Paris Saint-Germain finalmente alcançou um lugar de destaque no futebol europeu, sendo legitimado por sua impressionante vitória de 5 a 0 contra a Inter de Milão— um clube respeitável que, no Allianz Arena em Munique, se tornou uma presa fácil. Essa é a maior goleada já registrada em finais da Champions League. Após anos de frustrações, o PSG viu sua aposta no técnico Luis Enrique e em um elenco rejuvenescido dar frutos, culminando em uma exibição magistral onde Hakimi, Doué (2), Kvaratskhelia e Mayulu marcaram.
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O título teve um toque especial brasileiro, com Marquinhos e Beraldo se tornando os 56º e 57º jogadores do país a conquistarem a Europa. Capitão do time, Marquinhos é apenas o segundo brasileiro a erguer a taça como capitão, repetindo o feito de Marcelo com o Real Madrid em 2022.
Esta conquista inédita surge após o fim da era das superestrelas na Cidade Luz. Durante mais de dez anos, o fundo soberano do Catar, proprietário do clube, trouxe grandes nomes como Kylian Mbappé, Lionel Messi e Neymar, sem conseguir o que este time menos estrelado alcançou.
Desde o início da temporada passada, Luis Enrique enfrentou desafios ao trabalhar com Mbappé. A saída do astro para o Real Madrid permitiu ao treinador refazer a equipe com mais liberdade e visão.
A performance impressionante na final refletiu a filosofia de jogo do técnico, e a vitória simbolizou um reencontro com a memória de sua filha Xana, que faleceu em 2019. Em 2015, eles comemoraram juntos o título do Barcelona – uma cena que foi relembrada pelas torcidas do PSG na última noite.
— Esta foto captura a felicidade da minha filha nas celebrações, sempre rodeada pela família. Agora é momento de comemorar — comentou ao receber uma imagem da cena de 2015, enviada por uma repórter.
A partida de ontem foi o crème de la crème de um projeto que atingiu seu ápice. O segundo semestre de 2024 havia apresentado um time hesitante, sem aparentar força para o título — avançou na fase de liga em 15º lugar. A mudança de postura se justificou por um grupo unido, onde cada jogador se esforçou pelo próximo.
Ousmane Dembélé foi uma referência importante na campanha do título, proporcionando duas assistências na final. O jovem atacante francês Désiré Doué, de 19 anos, desabrochou como herói da decisão, marcando três gols e contribuindo intensamente para a vitória. Substituído, foi aplaudido por uma torcida empolgada.
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O atacante georgiano tornou-se uma peça essencial no PSG, adaptando-se perfeitamente ao time desde sua chegada em janeiro, vindo do Napoli. Ele exemplifica o novo perfil de jogadores do clube, assim como o português Vitinha, que também teve uma performance memorável.
Luis Enrique percebeu a importância do jogo coletivo e conquistou sua segunda Liga dos Campeões, após a vitória com o Barcelona em 2015, quando tinha Messi, Luis Suárez e Neymar. Oito anos atrás, ele era o técnico do time catalão na famosa derrota de 6 a 1 frente ao PSG, um dos momentos mais difíceis na história recente do clube.
O PSG ainda carrega a lembrança do vice-campeonato para o Bayern de Munique em 2020 e duas eliminações em semifinais— para o Manchester City em 2021 e Borussia Dortmund na última temporada, além de quedas contra gigantes como o Real Madrid e o Manchester United.
Ao finalmente descobrir a fórmula do sucesso, que já era evidente no futebol francês, o PSG agora ostenta um troféu. Essa é a segunda conquista dos clubes do país, igualando a vitória do Olympique de Marseille em 1993. A tríplice coroa, incluindo a Ligue 1 e a Copa da França, pode se ampliar se o time conquistar o Mundial de Clubes no próximo mês.