Piauí registrou em 2024 o maior número de mortes por dengue nos últimos 10 anos
O Piauí registrou, em 2024, o maior número de mortes por dengue da última década. Segundo dados do Painel de Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), o estado contabilizou 21 óbitos e mais de 11 mil casos confirmados da doença. Ainda conforme o levantamento, 15.188 casos são considerados prováveis, e outras três mortes estão sob investigação.
Mosquito da dengue- Foto: ReproduçãoFoto: Reprodução/freepik
Teresina lidera a lista das cidades com maior número de casos confirmados, somando 5.113 registros, além de 6.803 casos prováveis. Em seguida, aparecem os municípios de Bom Jesus, com 1.731 casos confirmados, e Parnaíba, que registrou 498 casos. Outras cidades como Currais, Corrente, Bonfim do Piauí e Redenção do Gurguéia também figuram entre as localidades com altos índices da doença.
A chegada do verão, caracterizada por temperaturas elevadas e aumento no volume de chuvas, contribui para o crescimento dos casos de dengue. Esse cenário favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, que se desenvolve em locais com acúmulo de água parada.
O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Rivaldo Cunha, destacou que as condições climáticas do verão aceleram o ciclo de reprodução do vetor da dengue. “Durante o verão, nós temos dois fenômenos que estão diretamente associados com a biologia do Aedes aegypti: as elevadas temperaturas e um maior volume de água. Esses dois fatores, juntos, contribuem para acelerar a proliferação do vetor, encurtando, inclusive, aquele período entre ovos e mosquito adulto”, explicou.
De acordo com Cunha, a intensificação da atividade biológica do mosquito durante essa estação do ano resulta em um aumento de pessoas infectadas. “Ao intensificar a atividade biológica do mosquito, temos um maior número de pessoas sendo infectadas, porque há um maior número de mosquitos nesse período”, concluiu.
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