Operação Escritura Limpa: saiba quem são os acusados de venda ilegal de terrenos no Piauí
O GP1 obteve, com exclusividade, os nomes dos cinco alvos da Operação Escritura Limpa, que desarticulou um esquema criminoso de vendas ilegais de terrenos no Piauí, por meio de fraudes documentais. A ação policial foi deflagrada nessa sexta-feira (25) pela Superintendência de Operações Integradas – SOI da Secretaria de Segurança Pública do Piauí.
Como já havia sido revelado em reportagem anterior, um dos alvos é o tabelião Wilson Barbosa Pereira, que foi afastado do cartório do município de São Pedro do Piauí. Os demais investigados são: Osmarina Sousa dos Santos, Francisco Paulo da Silva, Valdemar Borges dos Santos e Edmilson Soares Torres.

Operação Escritura Limpa
A investigação teve início a partir de uma denúncia formalizada pela Imobiliária José Giovani do Prado & Cia Ltda – Imobiliária Prado, informando que diversos terrenos de sua titularidade, localizados no Loteamento Jardim do Vale, na zona leste de Teresina, estavam sendo indevidamente negociados por terceiros sem autorização.
No aprofundamento das investigações, a Polícia Civil chegou ao nome de cinco pessoas diretamente associadas ao esquema criminoso, cada uma desempenhando um papel essencial na fraude imobiliária.
Segundo a polícia, o esquema consistia na comercialização de terrenos, anunciados a terceiros sem que os vendedores possuíssem qualquer direito legítimo sobre os imóveis. Para dar aparência de legalidade, os acusados falsificavam documentos, como contratos de compra e venda.
Prejuízo de R$ 2 milhões
Somente a Imobiliária Prado, apontada como principal vítima, sofreu prejuízo estimado em R$ 2 milhões com as fraudes cometidas. Os prejuízos também se estenderam aos compradores dos terrenos.
Organograma do esquema
A polícia montou um organograma do esquema criminoso, explicando a função de cada um dos investigados.

Organograma do esquema de venda ilegal de terrenos no Piauí
Wilson Pereira, de acordo com as investigações, era o tabelião responsável pelo reconhecimento cartorial das transações ilegais. Osmarina dos Santos, Francisco da Silva e Valdemar dos Santos atuavam como vendedores dos lotes, enquanto Edmilson Torres tinha a função de despachante.
Diante das informações obtidas na investigação, o tabelião Wilson Pereira foi afastado das funções e deverá usar tornozeleira eletrônica. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 400 mil das contas de todos os investigados, referente ao somatório dos valores pagos pelos compradores lesados.