Muito mais que futebol

Em 13 de maio de 2017, Vinicius Júnior, aos 16 anos e 10 meses, fez sua estreia no futebol profissional, se tornando o primeiro jogador nascido nos anos 2000 a jogar na Série A do Campeonato Brasileiro. O jovem entrou em campo no empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG, no Maracanã. Atualmente, ele é o melhor jogador do mundo segundo o FIFA The Best, joga pelo Real Madrid e é o foco do documentário “Baila, Vini”, disponível na Netflix, que narra sua história desde seus dias no bairro Mutuá em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Diretizado por Andrucha Waddington, o filme explora a trajetória de Vini rumo ao estrelato mundial. Ele retrata sua infância em São Gonçalo, os primeiros anos no Flamengo e a jornada até se tornar o camisa 7 de um dos maiores times do mundo, além de sua primeira Copa do Mundo com a Seleção.

Embora o foco seja seu amor pelo futebol, o documentário destaca a vida de Vinicius além do esporte. A produção busca humanizá-lo, tornando-o acessível ao grande público. Embora seja uma estrela, ele é um ser humano com suas próprias lutas.

O filme enfatiza que, antes de ser um ídolo, Vini deve ser um exemplo. Isso o aproxima de milhões de fãs, em um retrato que vai além das expectativas esportivas. Seu futebol reflete os desejos dos brasileiros por dribles e jogadas criativas, mas sua essência como pessoa precisa ressoar na imaginação coletiva.

O documentário revela os bastidores da vida de um dos maiores talentos do futebol brasileiro. O atleta que encanta pelas jogadas incríveis também passa tempo com amigos, vai à piscina, enfrenta doenças e lida com o cotidiano, como qualquer outra pessoa, apesar de ganhar um dos salários mais altos do mundo.

Com Vini apresentando-se de forma tão autêntica, os casos de racismo que ele enfrenta tornam-se pessoais para o espectador. É angustiante pensar que a cor da pele ainda diminui o valor de alguém, e ainda mais doloroso perceber que até aqueles que têm tudo não escapam disso. O filme ilustra a dor que isso traz à sua família, amigos e ao próprio jogador.

A produção mostra que essa problemática vai além do campo, retratando a resiliência de um jovem que decidiu se posicionar e denunciar injustiças. Se Vini já era um ídolo pelo que faz em campo, seu ativismo extracampo eleva esse status, tornando-o um verdadeiro exemplo para a sociedade brasileira.

O documentário brilha ao exibir um dos melhores jogadores do momento e, cinematograficamente, consegue compartilhar histórias valiosas. “Baila, Vini” é uma obra essencial para que o público compreenda a realidade dos ídolos esportivos e a importância de se espelhar em seres humanos inteiros. Vinicius Júnior precisa jogar, conquistar vitórias e celebrar. E quanto mais aplausos ele receber, melhor.

Muito mais que futebol

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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