Menina de 4 anos morre envenenada no Piauí, a 7ª morte – 22/01/2025 – Cotidiano


A menina Maria Gabriele Fontenele, 4, morreu na noite desta terça-feira (21) vítima de envenenamento em Parnaíba (a 318 km de Teresina), após passar 20 dias internada em estado grave no Hospital de Urgência na capital do Piauí.

Ela é a sétima vítima da mesma família intoxicada com veneno presente em pesticida para plantas e de matar ratos. O padrasto da mãe dos meninos, Francisco de Assis Pereira da Costa, 53, foi preso sob a suspeita de envenenar oito pessoas. Ele nega o crime.

“A direção do HUT informa que todos os reforços foram realizados para o pronto restabelecimento da menor, lamenta o ocorrido e se solidariza com familiares e amigos neste momento de dor”. O corpo da menina será sepultado em Parnaíba.

Maria Gabriele teve os quatro irmãos envenenados, sendo um bebê de um ano e oito meses e outra de três anos, a mãe e o tio mortos em 1º de janeiro deste ano. Em agosto, os irmãos de 7 e 8 anos também morreram intoxicados.

Durante almoço de Réveillon, oito pessoas entre familiares e vizinhos foram intoxicadas em Parnaíba. O laudo da Polícia Científica do Piauí confirmou a presença de terbufós, um veneno usado como praga para plantas e componente do chumbinho no arroz consumido no dia 1º de janeiro.

Em agosto do ano passado, a família da menina viveu a mesma tragédia. Os irmãos dela, Ulisses Gabriel da Silva, 8, e João Miguel da Silva, 7, também morrerem envenenados.

A aposentada e vizinha dos garotos, Lucélia Maria da Conceição, 52, foi presa suspeita de envenenar os irmãos com cajus, mas ela foi solta após quatro meses e 20 dias. Durante a prisão, ela teve a casa incendiada e foi ameaçada de morte.

A reviravolta no caso ocorreu após a prisão do padrasto, que agora é suspeito de ter envenenado os garotos em agosto.

O delegado Abimael Silva, que investiga os dois casos em Parnaíba, afirmou que está revendo depoimentos de 18 pessoas e aguarda laudos para a conclusão do inquérito.

“Fiz uma reinquirição de todas as testemunhas para tirar as dúvidas no dia do crime e para não ficar nenhuma lacuna”, disse o delegado.

A intenção, segundo Silva, é ouvir novamente as testemunhas e colher depoimentos de pessoas que não foram ouvidas, para melhor detalhar a cronologia após a festa de Réveillon. “Queremos saber quem andou na cozinha e quem almoçou no dia da intoxicação. O padrasto foi o único que esteve na cozinha e apresentou depoimentos controverso.”



Fonte Original da Matéria

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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