José Boto faz comparação entre o futebol brasileiro e a Premier League

A reestruturação do Campeonato Carioca para 2026, que diminui o número de jogos de 15 para 10, foi uma mudança bem recebida pelo Flamengo. A FERJ anunciou essa alteração com o objetivo de aliviar a carga do calendário dos clubes estaduais, e tanto o técnico Filipe Luís quanto o diretor José Boto a celebraram, ressaltando os impactos positivos na preparação e desempenho ao longo da temporada.

Filipe Luís descreveu a mudança como crucial, especialmente devido ao desgaste mental acumulado durante a competição. Ele observou que os frequentes confrontos entre os grandes clubes colocam uma pressão excessiva no torneio no início do ano. “Após o Campeonato Carioca, parece que se passaram muitos mais meses do que realmente ocorreram”, comentou o ex-lateral.

Elenco do Flamengo em campo (Foto: Adriano Fontes/Flamengo)

Enquanto isso, José Boto enfatizou a relevância da mudança dentro do contexto nacional. O dirigente português reconheceu que, embora o futebol brasileiro tenha peculiaridades, o excesso de jogos impede um aprimoramento técnico. “Antes mesmo de vir ao Brasil, já considerava o futebol brasileiro um produto altamente atrativo, mas ao chegar aqui, percebi que o calendário limitava a consistência na qualidade dos jogos”, disse.

O novo formato do campeonato dividirá os doze participantes em dois grupos, onde cada equipe jogará apenas contra times do grupo oposto na fase inicial. Após essa etapa, haverá uma partida nas quartas, duas semifinais e uma final em um jogo único, resultando em apenas dez jogos para o campeão, reduzindo assim o volume de partidas em comparação com a edição de 2025.

Na última temporada, o Flamengo conquistou o título após quinze jogos. O modelo anterior, que apresentava um grupo único, exigia que cada equipe enfrentasse todos os outros clubes antes das fases eliminatórias, resultando em um acúmulo de datas logo nos primeiros meses do ano.

Para Boto, a decisão da FERJ pode servir de modelo para outras federações estaduais. Ele acredita que a racionalização do calendário pode elevar o nível técnico das competições. O dirigente espera que mudanças semelhantes sejam adotadas em outras regiões e, possivelmente, no Campeonato Brasileiro no futuro.

Portanto, a reação do Flamengo à nova estrutura do Campeonato Carioca é de alívio e esperança. A iniciativa atende a uma demanda antiga do clube, que vinha se manifestando contra o modelo anterior. A expectativa agora é que essa reestruturação traga melhorias significativas ao calendário do futebol brasileiro.