Governo enfrenta desafios para reduzir preços de alimentos e conter inflação


O governo federal está intensificando suas ações para lidar com o aumento dos preços dos alimentos, que, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiram 7,69% nos últimos 12 meses. Em uma reunião recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou essa questão como uma prioridade central, enfatizando seu impacto na vida das famílias brasileiras.

Foto: Reprodução | Tânia Rêgo | Agência Brasil

Inflação é impulsionada pelo aumento significativo nos preços do arroz, feijão e leite.

“É inaceitável que os brasileiros estejam passando por dificuldades para colocar comida na mesa. Este governo assumiu o compromisso de devolver dignidade ao povo. Reduzir o preço dos alimentos será uma prioridade inegociável”, afirmou Lula.

Entre os produtos que mais subiram estão itens essenciais como arroz, feijão, leite e carne bovina, com cortes nobres, como a picanha, chegando a custar mais de R$ 80 por quilo em algumas regiões.

Segundo o economista Vinícius do Carmo, a inflação dos alimentos é impulsionada por fatores climáticos e econômicos. “O clima tem sido um dos principais fatores. Em 2024, enfrentamos impactos climáticos severos, com secas no Centro-Oeste e Sudeste e chuvas excessivas no Sul, afetando a oferta de alimentos e, consequentemente, os preços”.

Os especialistas também destacam que produtos como carne e café, que são líderes em exportações, influenciam diretamente os preços internos. “A alta nas exportações de carne e café diminui a oferta interna, pressionando os preços e gerando um efeito em cadeia na economia. Assim, o aumento no preço da carne também eleva os custos de outros produtos”, explicou o economista.

Para enfrentar essa situação, o governo está considerando reativar políticas públicas como o Programa de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que visam regular os preços e aumentar a oferta interna.

Outra estratégia é o aumento no orçamento do Bolsa Família, com o objetivo de garantir a segurança alimentar das famílias em situação de vulnerabilidade. “O combate à fome é uma obrigação moral e uma questão de justiça social”, acrescentou Lula.

Além disso, espera-se uma safra agrícola mais robusta para o segundo semestre de 2025, o que poderá ajudar a estabilizar os preços de produtos como arroz, milho e feijão.

O ambiente inflacionário tem gerado preocupações entre os economistas, como Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, que antecipa um aumento na taxa Selic para conter a inflação. “Do ponto de vista da política monetária, os resultados praticamente confirmam a necessidade de uma postura ainda mais rigorosa do Copom. Espera-se um aumento de 1 ponto percentual na Selic, elevando a taxa de juros para 13,25% na reunião de janeiro”, afirmou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância de equilibrar as políticas econômicas e sociais. “É essencial ressuscitar o papel do Estado na regulação de preços e no fortalecimento da produção interna. Desejamos que os brasileiros possam consumir carne não apenas nos finais de semana, mas sempre que desejarem”.

Embora o cenário apresente desafios, especialistas acreditam que a combinação de políticas públicas apropriadas e uma safra favorável podem ajudar a desacelerar a inflação, trazendo alívio gradual para o consumidor.

Fonte: Correio Braziliense

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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