Copa do Mundo de Clubes reúne gigantes em novo capítulo

Um novo capítulo no futebol mundial começa neste sábado (14). A Copa do Mundo de Clubes 2025 será realizada em um formato inédito, semelhante ao usado nas competições entre seleções a cada quatro anos, com a participação de quatro times brasileiros: Botafogo, Fluminense, Flamengo e Palmeiras. Os jogos ocorrerão em 12 estádios espalhados pelos Estados Unidos.

Conheça os times da Copa do Mundo de Clubes

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

(Arte: Ciliane Gularte, NSC)

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Avançar

Os 32 times serão divididos em oito grupos, cada um com quatro equipes. No total, ocorrerão 63 partidas. Cada time jogará três vezes na fase inicial, e os dois melhores de cada grupo avançam para as oitavas de final, onde se enfrentarão em chaves cruzadas.

Decisão em Nova Jersey

A partir das oitavas, as eliminatórias serão no formato de jogo único. A final acontecerá no dia 13 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey. Ao contrário da Copa do Mundo de seleções, não haverá disputa pelo terceiro lugar. Estão previstas 63 partidas na totalidade.

A FIFA alterou o modelo da Copa do Mundo de Clubes para torná-la mais equilibrada e atrativa para os patrocinadores. Anteriormente, a competição ocorria em dezembro, causando interrupções nas ligas europeias, além de desajustes nos calendários das equipes. Agora, o torneio será realizado a cada quatro anos.

Como chegam os brasileiros para a disputa da Copa do Mundo de Clubes

Botafogo: Campeão da Libertadores 2024

Embora seja o atual campeão da Libertadores, o Botafogo que compete nos Estados Unidos é bastante diferente. Mais de 15 jogadores que participaram da última temporada já saíram, incluindo Luiz Henrique e Thiago Almada, peças chave do time. O clube se encontra em um dos “grupos da morte”, enfrentando Paris Saint-Germain, Atlético de Madrid e Seattle Sounders.

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Fluminense: Campeão da Libertadores 2022

O Rubro-Negro aposta na força de seu ataque, com estrelas como Pedro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Luiz Araújo, além de um elenco avaliado em cerca de R$ 1,4 bilhão. A contratação do experiente volante Jorginho, campeão da Eurocopa e da Champions League, traz esperança ao time.

Palmeiras: Campeão da Libertadores 2021

O Palmeiras, o único clube fora do Rio de Janeiro a participar, é considerado o mais promissor para as fases avançadas. Com Abel Ferreira, o treinador mais vitorioso da história do clube, à frente, o time conta com talentos como Estêvão, Vitor Roque e Facundo Torres, beneficiando-se da continuidade do trabalho do técnico.

O que dizem os comentaristas

Rodrigo Faraco

A Copa do Mundo de Clubes representa um desafio ao calendário do futebol mundial. Inicialmente rejeitada pelos europeus, a competição oferece oportunidades significativas para sul-americanos. Apesar das chances menores de conquista, pode ser um momento para ganhar visibilidade e fazer negócios no mercado internacional.

Palmeiras, Flamengo e Fluminense têm mais chances de avançar. O Botafogo, por sua vez, enfrenta um grande desafio em seu grupo com Atlético de Madrid e PSG, ambos fortes candidatos. Cada fase superada será uma conquista. Os europeus, em geral, são os favoritos.

Chico Lins

Embora os clubes europeus estejam em um momento diferente da temporada, a importância da competição para os brasileiros é maior. Acredito que Palmeiras, Fluminense e Flamengo devem avançar, mas o Botafogo enfrentará dificuldades por estar no grupo do Atlético de Madrid e do PSG, atuais líderes da Europa.

No entanto, existem muitos clubes europeus com potencial altíssimo, como Bayern de Munique, Chelsea, Inter de Milão e Real Madrid, que está se reformulando com Xabi Alonso. Portanto, vejo como difícil para os brasileiros chegarem às fases decisivas. Para mim, o PSG continua sendo o grande favorito, assim como o Real Madrid.

César Seabra

Essa competição pode ser um marco na divisão entre o futebol europeu e o resto do mundo. A força financeira e a qualidade dos clubes europeus poderão ser evidentes, caso levem a competição a sério. Se isso acontecer, os representantes das Américas, Ásia, África e Oceania poderão enfrentar dificuldades nos Estados Unidos. Neste momento, os clubes brasileiros se encontram em desvantagem em comparação aos europeus. Chegar às quartas de final seria um grande feito.

Porém, encaro essa situação com ceticismo. Estamos atrasados em vários aspectos, desde técnica até organização e inovação. A falta de respeito pelo jogo e pelos adversários tem nos prejudicado cada vez mais. Acredito que este Mundial pode revelar uma realidade difícil para os clubes e a Seleção.