Conectividade aérea é chave para o turismo no Piauí
Luiza Lorenzetti
TERESINA (PI) – Na tarde desta sexta-feira (9) durante o segundo dia da Feira de Turismo do Piauí, a Fetur, Gisele Lima, diretora da Promo, trouxe ao palco do Centro de Convenções de Teresina um tema central para o futuro do Turismo no Estado: o acesso por via aérea.
Com dados atualizados e uma análise detalhada do cenário nacional, ela defendeu que expandir e manter rotas é condição básica para impulsionar o Turismo no Piauí e no Brasil como um todo.
“Dentro desse cenário de conectividade aérea, toda vez que um voo começa a acontecer em qualquer destino, em especial quando existe uma nova rota, o potencial de triplicar o fluxo turístico é uma realidade. Os números trazem essas verdades em implantação de rotas”
afirmou Gisele Lima durante a apresentação.
Por outro lado, quando uma conexão é perdida, o retrocesso também é claro: a suspensão do voo entre Teresina e Belém gerou uma perda de 33 mil passageiros. Ela explica que ao conquistar uma nova rota, é importante manter o equilíbrio entre idas e vindas para que o trajeto tenha sustentabilidade.
Para a palestrante, um dos maiores desafios do estado é sua baixa conectividade regional: “Isso faz com que muitos passageiros que tenham o desejo de vir para o Piauí ou os próprios piauienses que querem ir viajar para outros lugares, tenham que passar por diversas conexões”.
Gisele alertou que o país ainda não recuperou a malha aérea doméstica pré-pandemia: são cerca de 19 mil voos a menos em comparação com 2019. “Isso é pouco? Não, não é. Porque para um país de continental como o Brasil, 19 mil voos a menos faz toda a diferença em impulsionar um destino turístico ou não. Isso faz falta hoje”, observou.
Luiza Lorenzetti
Mesmo diante de um cenário nacional adverso, o Piauí tem apresentado avanços. Em quatro das cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste), o estado registrou crescimento acima da média nordestina. O destaque fica com Minas Gerais, que mais do que dobrou o número de passageiros com destino ao Piauí entre 2023 e 2024.
Ela também explicou que, diante do alto custo operacional no Brasil, apenas incentivos fiscais não bastam. “Isso precisa ser complementado com leis de subvenção e um fundo de marketing”, disse. A palestra encerrou com um recado: cada nova rota aérea é como um filho que precisa ser cuidado continuamente. “Você pariu um voo, tem que cuidar a vida inteira.”, brincou Gisele.
Por Luiza Lorenzetti, especial para o Portal PANROTAS.