como é um jogo de futebol longe dos holofotes do Mundial de Clubes

Enquanto Messi fazia sua estreia no Mundial de Clubes em um jogo com o Al Ahly, o futebol nos Estados Unidos continuava sua atividade normal. No último sábado, o Philadelphia Union, líder da MLS, entrou em campo contra o Charlotte e manteve sua vantagem na tabela com uma vitória de 2 a 1. O GLOBO acompanhou a partida no Subaru Park, uma moderna arena com capacidade para 18 mil pessoas, e denunciou um ambiente familiar, porém vibrante, em Chester, na Pensilvânia—uma atmosfera bem distinta da que será vista no Lincoln Financial Field, onde o Flamengo joga nesta noite.

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Como é um jogo de futebol nos EUA longe dos holofotes do Mundial de Clubes

Os “Unions”, como são conhecidos, atraem um público mais autêntico, que realmente se conecta com o futebol, mesmo que suas atenções estejam frequentemente voltadas para os Eagles, do futebol americano, ou os Phillies, do beisebol, que jogam em grandes estádios. Os torcedores do futebol, no entanto, têm muito a oferecer, com sua torcida organizada, os “Sons of Ben”, uma homagem a Benjamin Franklin. O grupo canta em uníssono, apoiado por uma bateria no estádio. Localizado em uma área mais isolada, o Subaru Park reflete uma nova fase da base de fãs da cidade: jovem, diversificada e influenciada por clubes internacionais. A atmosfera nas arquibancadas é vibrante e festiva, mantendo a intensidade e a devoção.

Aquecimento de torcedores do Philadelphia Union durante jogo da MLS que ocorre durante o Mundial de Clubes da FIFA — Foto: Diogo Dantas
Aquecimento de torcedores do Philadelphia Union durante jogo da MLS que ocorre durante o Mundial de Clubes da FIFA — Foto: Diogo Dantas

Do lado de fora, um “tailgate” aquece o clima futebolístico. Horas antes da partida, famílias se reúnem, com crianças e idosos, em bancos ao ar livre, criando um ambiente de brincadeiras e petiscos. Jovens jogam futebol fora, onde a ação da segurança é escassa. A maioria dos torcedores são locais, oriundos da Pensilvânia e de Nova Jersey. O custo de participar, além do ingresso, para consumo de bebidas e lanches gira em torno de 50 dólares (R$ 277).

Dentro do estádio, o patriotismo é palpável, com a execução do hino nacional e aplausos para a bandeira americana. A exaltação ao clube, fundado em 2008, transforma a pré-partida em um grande espetáculo. Músicas animadas tocam antes do apito inicial, e uma cerimônia recheada de entretenimento inclui paraquedas trazendo brindes para a arquibancada e promoções interativas no telão.

No início do jogo, a torcida visitante se destaca ao virar as costas e fazer gestos provocativos a cada nome chamado. Para os jogadores da casa, um clipe dinâmico apresenta os jogadores, sendo Alejandro Bedoya, o capitão de 38 anos com 300 jogos pelo clube, o mais aclamado. A contagem regressiva para o início da partida é marcada por um bumbo gigante, tocado por um ex-jogador homenageado.

Jogo do Philadelphia Union durante o Mundial de Clubes: estádio mais afastado recebe equipe local, líder da MLS — Foto: Diogo Dantas
Jogo do Philadelphia Union durante o Mundial de Clubes: estádio mais afastado recebe equipe local, líder da MLS — Foto: Diogo Dantas

A partida inicia. E embora a qualidade do futebol jogado seja inferior ao espetáculo ao redor, a energia da torcida é contagiante, ecoando o grito de “Union!” a cada jogada. Telões interativos mantêm o público engajado durante as pausas do jogo. Quando Jesus Bueno abriu o placar, todos se levantaram em uma explosão de alegria. No intervalo, ofertas de apostas são exibidas por funcionários que circulam com pequenos displays.

No segundo tempo, Zaha empatou a partida. Ele foi um dos protagonistas nas confusões iniciais do jogo e acabou sendo alvo da torcida hostil. Nos momentos finais, Markus Anderson anotou o segundo gol dos Unions, assegurando uma impressionante invencibilidade de 10 jogos, a maior da história do clube. Muitos jovens da base foram utilizados na partida, visto que, além da MLS, a Gold Cup está em andamento. Enquanto os torcedores locais querem que a liga pause suas atividades, eles continuam a apoiar suas equipes do coração. O ingresso, sem dúvida, vale a pena.

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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