Autoridades da Copa do Mundo de Futebol em Miami minimizam preocupações com viagens de estrangeiros
Um relógio brilhante começou a contar os dias para a Copa do Mundo de 2026, enquanto autoridades de Miami lançaram a contagem regressiva de um ano, visando dissipar preocupações sobre a postura mais rígida dos EUA em relação à imigração e seu impacto na chegada de torcedores internacionais.
A cerimônia de lançamento, que contou com a presença do cantor Marc Anthony, ocorreu poucos dias após os tumultos em Los Angeles e em meio a novas medidas de controle de fronteira sob a administração do presidente Donald Trump.
“Não há motivos para preocupação. Miami é extremamente acolhedora, e estamos empolgados para receber o mundo”, afirmou Alina T. Hudak, presidente do Comitê Anfitrião de Miami 2026, durante o evento.
O relógio digital, que em breve saudar os viajantes no Aeroporto Internacional de Miami, marca 365 dias até o início da maior Copa do Mundo da história — 48 equipes competindo em 104 partidas em três países da América do Norte.
No entanto, os planos de segurança estão sob um olhar atento, especialmente em relação à presença das agências de imigração.
Rodney Barreto, copresidente do Comitê Anfitrião de Miami, confirmou que agentes da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) e do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) farão parte das operações de segurança.
“Eles estarão aqui para nos auxiliar na segurança, mas não para prender pessoas”, garantiu ele.
No Fiorito, um restaurante argentino em Little Haiti, Miami, fãs da seleção argentina mostraram confiança de que seus compatriotas viajarão, independentemente das restrições.
“Onde quer que a Copa do Mundo aconteça, é sempre uma grande oportunidade… Estamos animados por sermos campeões mundiais e acreditamos que podemos chegar mais longe”, comentou o torcedor argentino Nicolas Lomazzi à Reuters.
“O que realmente importa é o dinheiro, e eles vão lucrar muito com a Copa do Mundo, então abrirão as portas para todos nós”, adicionou Emmanuel, um torcedor argentino que espera presenciar o que pode ser a última participação do capitão Lionel Messi no torneio.
Para Miami, uma cidade moldada por diversas ondas de imigração, ser a sede do torneio representa um desafio delicado — equilibrar sua identidade multicultural enquanto navega em um cenário de imigração cada vez mais complicado, que pode impactar a realização da maior Copa do Mundo até agora.