Santos pouco ataca e se satisfaz com empate na casa da Ponte Preta pelo Paulistão
O tão aguardado DNA ofensivo prometido por Pedro Caixinha no Santos não se concretizou na partida contra a Ponte Preta na noite deste domingo, em Campinas. Com dificuldades na construção de jogadas e uma performance inferior em ataque na ausência do venezuelano Soteldo, a equipe começou em desvantagem, igualou o marcador para 1 a 1 no Moisés Lucarelli e, após o terceiro gol de Guilherme no Campeonato Paulista, focou apenas em manter a igualdade.
Após estrear com vitória contra o Mirassol, o Santos continua invicto em uma partida onde o goleiro Digo Silva teve pouco trabalho. Em contrapartida, o time sofreu alguns sustos e não conseguiu produzir o suficiente para assumir a liderança do Grupo B, onde tem os mesmos quatro pontos do Guarani, mas está atrás devido ao saldo de gols.
Nos minutos finais, os passes laterais da equipe deixaram Pedro Caixinha visivelmente frustrado. Ele desejava que seus jogadores demonstrassem “fome de vitória” até o final. Porém, a lentidão nos passes era irritante. Se não fosse pela defesa espetacular do goleiro Gabriel Brazão no último minuto, a equipe teria saído com uma derrota.

A Ponte Preta abriu o placar, mas o Santos conseguiu empatar. Foto: @SantosFC via X
Após o apito final, os treinadores tiveram um desentendimento à beira do campo, e Caixinha rejeitou o cumprimento de Alberto Valentin, que o provocou durante a partida. O treinador português precisou ser contido.
Ainda em processo de conhecer seu elenco no Santos, Pedro Caixinha fez alterações na formação em relação à vitória sobre o Mirassol, incluindo um jogador querido pela torcida, o jovem Miguelito, que havia sido deixado de lado pelo anterior treinador Fábio Carille.
O boliviano foi uma das novidades em uma equipe que não tinha Soteldo e contava com o estreante Leo Godoy na ala direita e Thaciano no ataque. Na defesa, José Ivaldo também foi incluído, indicando que o veterano Gil parece não ter mais prestígio após voltar da aposentadoria. O experiente jogador poderia ser um dos líderes em campo para o novo comandante, que não parece se dar bem com o ex-zagueiro corintiano.
Com o jogo iniciado, após um minuto de silêncio em homenagem ao jornalista Léo Batista, o Santos se mostrou ofensivo. A primeira oportunidade clara do time surgiu dos pés do ousado meia boliviano, mas o goleiro da Ponte Preta evitou o gol. Brazão, do outro lado, começou seu trabalho de forma destacada.
Assim como na vitória contra o Mirassol, o Santos exibiu problemas de consistência entre seus setores, especialmente na defesa, permitindo oportunidades ao ataque adversário. Caixinha se irritou com a atuação pouco eficiente da equipe antes do intervalo, a ponto de mandar três reservas se aquecerem rapidamente.
A inquietação do treinador tinha justificativa. A Ponte Preta aumentou sua pressão e dominou o jogo, mostrando mais força física e determinação. Em um momento de falha da defesa santista, Jean Dias subiu e cabeceou, abrindo o placar.
Caixinha demonstrou sua frustração durante o intervalo, deixando Miguelito e Escobar nos vestiários. Queria corrigir a defesa pela ala esquerda e trazer mais criatividade para o meio-campo, uma carência evidente nos primeiros 45 minutos.
Após as mudanças, o Santos rapidamente empatou, novamente com o inspirado Guilherme, que finalizou bem após receber um passe de Luca Meirelles.
Entretanto, o Santos não conseguiu manter a intensidade. Após empatar, a equipe se retraiu, priorizando a defesa para evitar os sustos da etapa inicial. Com uma disposição melhor na defesa, o time da Baixada conseguiu neutralizar a pressão adversária e saiu de campo com mais um ponto no torneio.
PONTE PRETA 1 X 1 SANTOS
- PONTE PRETA – Diogo Silva; Pacheco, Saimon, Artur (Castro) e Danilo Barcellos; Maguinho, Emerson e Léo Oliveira; Pedro Vilhena (Elvis), Serginho (Renato) e Jean Dias (Everton Brito). Técnico: Alberto Valentin.
- SANTOS – Gabriel Brazão; Leo Godoy, José Ivaldo, Luan Peres e Escobar (Souza); Diego Pituca (João Schmidt), Tomás Rincón e Miguelito (Lucas Braga); Thaciano, Luca Meirelles (Wendel Silva) e Guilherme (Hayner). Técnico: Pedro Caixinha.
- GOLS – Jean Dias, aos 42 minutos do primeiro tempo; Guilherme, aos 8 do segundo.
- CARTÕES AMARELOS – Luan Peres, Escobar e Zé Ivaldo (Santos); Serginho (Ponte Preta).
- ÁRBITRO – Vinicius Gonçalves Araújo.
- RENDA – R$ 176.050,00
- PÚBLICO – 6.041 pagantes
- LOCAL – Moisés Lucarelli, em Campinas.