Cruzeiro cria mascote exclusiva para o futebol feminino; qual o peso disso?

Enquanto outros clubes já introduziram a figura feminina, geralmente em papéis secundários, em 2014, o Bahia deu um passo à frente com a criação da “Lindona”, uma personagem inspirada na Mulher-Maravilha, que acompanha o Super-Homem criado por Ziraldo em 1979, homenagem ao apelido “Tricolor de Aço”.

Em 2020, o Náutico lançou dois mascotes no Dia Internacional da Mulher: o “Timbu de Chernobyl” e sua parceira, que desde então tem marcado presença nos jogos nos Aflitos. No ano de 2022, o Fortaleza apresentou a leoa Stella, irmã do mascote Juba, cujo nome remete à origem do Fortaleza Esporte Clube. Outros clubes brasileiros, como Remo, Chapecoense e Sport, também possuem mascotes femininas que são duetos inspirados em figuras femininas.

É notável como a percepção sobre a mulher no futebol tem evoluído, passando a reconhecer sua verdadeira essência. Não é mais aceitável ter uma figura apenas “para completar” o cenário; é fundamental ter um símbolo que represente individualidade e se conecte com todas as que vivenciam o futebol, tanto em campo quanto nas arquibancadas.

Segundo a mais recente pesquisa de torcida do Datafolha, aproximadamente 75% das mulheres brasileiras têm um time de futebol preferido. Com a estimativa populacional atual do IBGE, que aponta 109,43 milhões de mulheres no Brasil, representando 51,48% da população, cerca de 82,07 milhões de torcedoras potenciais podem ser identificadas. Portanto, elas têm espaço garantido tanto nos gramados quanto onde desejarem. É essencial que sejam reconhecidas e se sintam verdadeiramente representadas nesse meio.

Atualmente, ter uma mascote vai além de simplesmente contar com uma representação feminina no campo; trata-se de reconhecer a singularidade das mulheres e respeitar a realidade consolidada do futebol feminino. Agora, é hora de observar como esse exemplo será seguido internamente no clube celeste e nas demais equipes, em termos de investimento e valorização da modalidade. Até aqui, o que se pode afirmar é: golaço!

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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