Juiz põe no banco dos réus 19 acusados de integrar o Comando Vermelho no Piauí
A Justiça do Piauí colocou no banco dos réus 19 criminosos acusados de integrar o Comando Vermelho no Litoral do estado. Entre os réus, está Jorge Florêncio Viana Júnior, apontado como o responsável por fundar a célula da facção criminosa no Piauí, a partir das cidades litorâneas.
A denúncia do Ministério Público do Estado do Piauí foi recebida no dia 22 de janeiro pelo juiz João Manoel de Moura Ayres, da Vara de Delitos de Organização Criminosa.

Jorge Florêncio Viana Júnior
Foram para o banco dos réus os seguintes denunciados: Jorge Florêncio Viana Júnior, Leonardo Araújo de Freitas, Kiara Oliveira do Nascimento, Sérgio Alves Pereira, Mateus Alves de Araújo, Francisco Nelson dos Santos Oliveira, Eduardo Oliveira Machado, Elijonson Magalhães Oliveira, João Gabriel Freire Cabral, Ryan Monteiro Araújo, Francisco Antônio Queiroz dos Santos, Christian Fernando Cardoso Camargo, Xavier Pereira de Souza, Marcos Gregório de Oliveira, Francisco Vieira da Silva, Arua Claudio Magalhães de Deus, Daniela Silva Santos, Anderson Patrick Raheem Ayres e Fabrício Nogueira Soares.
Denúncia
O inquérito policial que baseou a denúncia foi instaurado após a prisão em flagrante de Jorge Florêncio, em abril de 2023, por posse irregular de arma de fogo. Na ocasião, foi aprendido o aparelho celular do acusado, a partir do qual foram extraídas informações revelando a atuação de organização criminosa armada vocacionada à prática de crimes de homicídio, tráfico ilícito de entorpecentes, entre outros, no bojo da facção criminosa Comando Vermelho.
Jorge Florêncio
Segundo o Ministério Público, Jorge Florêncio vivia no município de Iranduba (AM), região metropolitana de Manaus, sendo conhecido na referida localidade como “Jorginho Matador”. Contudo, diante da presença de mandados de prisão em seu desfavor, ele passou a residir no Piauí.
Ainda conforme a denúncia, após implementar a célula do Comando Vermelho na região litorânea piauiense, Jorge Florêncio teria migrado para a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
A partir do celular de Jorge Florêncio, foram obtidos diálogos com inúmeras pessoas, incluindo os réus do referido processo. Por esta razão, o Ministério Público pediu a condenação dos réus pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio ilegal de arma de fogo e posse ilegal de arma de fogo.
Recebimento da denúncia
Ao receber a ação penal, o juiz João Manoel de Moura Ayres verificou a presença de indícios de materialidade e autoria dos crimes apontados pelo órgão ministerial. “A denúncia narra com clareza as condutas criminosas, as circunstâncias de tempo e lugar, além de elementos que demonstram a materialidade delitiva e indícios de autoria”, concluiu.
Recebida a denúncia, foi aberto prazo para os réus apresentarem resposta à acusação.