Largar futebol e virar motoboy? Yuri Alberto abre o coração à ESPN e revela histórias

Campeão estadual e eleito o craque do Paulistão em 2025, Yuri Alberto está vivendo um dos melhores momentos de sua carreira no Corinthians. No entanto, antes de colher os frutos do sucesso, o atacante enfrentou muitos desafios, inclusive momentos em que considerou deixar o futebol.

Em uma entrevista exclusiva à ESPN, Yuri compartilhou suas experiências, relembrando os tempos difíceis e ressaltando o papel fundamental de seu pai, Carlos Alberto, que trabalhou como motoboy e teve múltiplos empregos para ajudar a realizar o sonho de Yuri no futebol.

“Meu pai é uma grande inspiração para mim, principalmente por sua paixão pelo futebol. Desde pequeno, o acompanhava nos jogos amadores. Ele sempre foi muito determinado e graças a Deus consegui herdar essa força e resiliência”, revelou.

Natural de São José dos Campos, no interior de São Paulo, Yuri começou sua trajetória no futebol nas categorias de base do Santos em 2013. Seu pai, que não pôde acompanhá-lo na Baixada Santista, se esforçou para que a família pudesse se manter lá, arcando com os custos do aluguel onde moravam.

“Nossa relação é de amizade. Ele sempre me ajuda e, mesmo recém-recuperado de uma cirurgia, faz de tudo para me levar ao CT. Vivemos em São José, e a viagem é longa, mas sou muito grato por ter um pai como ele. Ele sacrificou muito, vendeu sua moto, que era seu orgulho, para que eu pudesse ter essa oportunidade”, contou.

Papai Carlos não só ajudou com os desafios da vida como também foi crucial no desenvolvimento da técnica de Yuri. Desde pequeno, ele o ensinou a aprimorar o uso da perna esquerda, que hoje é sua favorita.

“Desde que tinha 4 anos, comecei a amar o futebol. Na escolinha, eu pegava a bola com a mão em vez de chutar, deixando meu professor louco. Aos 7 anos, entrei para o futsal e chutava apenas com a direita. Meu pai me ensinou a utilizar a esquerda, e hoje meus movimentos com ela são muito mais precisos”, ressaltou.

Yuri também comentou sobre sua relação com a filha, Ysís.

“É algo muito especial. Desde que ela nasceu, trouxe uma nova perspectiva à minha vida. Ver sua alegria ao me encontrar no campo me faz emocionar. Tenho apenas sentimentos bons com ela, amo muito minha menininha”, disse, emocionado.

‘Já pensei em desistir…’

Ao longo de sua trajetória no futebol, Yuri admitiu que chegou a considerar a possibilidade de desistir. Contudo, após superar momentos difíceis e viver sua fase atual de brilho, ele brincou sobre o que teria feito se realmente tivesse tomado essa decisão.

“Já pensei em desistir, mas sempre me pergunto: se eu parar, o que vou fazer? Na verdade, só tenho esse plano, eu provavelmente viraria motoboy como meu pai (risos)”, confessou.

O atacante ainda destacou a importância da fé em sua vida, afirmando que até mesmo suas tatuagens possuem um significado especial em relação a isso.

“Todas as minhas tatuagens têm relação com isso. Sou muito religioso. Sem Deus, não teria suportado tudo. Nos momentos difíceis, estive em oração e jejum. Fiz uma promessa de ser campeão, ser convocado para a seleção e artilheiro de alguma competição… o ano ainda não acabou, muitas coisas podem acontecer”, justificou.

Ir à seleção brasileira é o sonho que move o camisa 9 do Timão. “É um grande sonho desde criança. Fui convocado em 2023 e espero retornar, especialmente próximo de uma importante Copa. Vou focar em fazer gols e me esforçar para alcançar esse sonho”, concluiu.

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Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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