Silvio Mendes avalia aumentar passagem de ônibus em Teresina

O prefeito Sílvio Mendes se encontrou com o superintendente da Strans, Carlos Daniel, e o engenheiro Antônio Santana, responsável pelo Plano Diretor do Transporte Coletivo de Teresina, para discutir a possibilidade de um aumento nas tarifas de ônibus na capital. A reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (27).

Conforme o prefeito, a proposta está em análise para identificar as necessidades mais urgentes, visando restaurar a eficiência do transporte coletivo. Embora tenha mencionado o aumento da tarifa, Sílvio Mendes enfatizou que qualquer decisão será fundamentada em análises detalhadas e que a situação local será avaliada em relação a outras capitais.

“O BNDES está, por exemplo, financiando R$ 50 milhões para um estudo em 21 regiões metropolitanas, analisando o panorama atual de cada município. Essa investigação será crucial para determinar os caminhos que Teresina deve adotar”, destacou o prefeito.

O engenheiro Antônio Santana mencionou que o custo atual da passagem no município é de R$ 9,80, um valor considerado insustentável, especialmente em meio à grave crise enfrentada pelo transporte público nos últimos anos. Ele apontou que, desde 2019, tanto a frota de ônibus quanto a produção quilométrica foram reduzidas pela metade, fazendo com que muitos moradores passassem a depender de mototáxis e transportes informais.

“Com a deterioração do sistema, a população buscou outras formas de se locomover. Isso também contribui para o aumento das estatísticas de acidentes de trânsito. Teresina, por exemplo, apresenta uma taxa de mortalidade no trânsito superior à de cidades maiores como Fortaleza. É fundamental desenvolver estratégias para reconquistar os usuários e revitalizar o sistema de transporte coletivo”, enfatizou Santana.

O superintendente da Strans, Carlos Daniel, atribuiu as dificuldades atuais do sistema a um histórico de abandono durante a gestão anterior, mencionando que o ex-prefeito foi negligente nos últimos quatro anos, resultando na destruição de estações e na redução da frota de transporte público pela metade.

Fonte: Portal AZ