Samantha une petistas e bolsonaristas em torno do PL de defesa da infância
Samantha (PP) e Dudu (PT) durante a assinatura de apoio ao Projeto de Lei que visa a inocência nas escolas.
Os vereadores do Partido dos Trabalhadores (PT) foram os primeiros a apoiar um Projeto de Lei que proíbe músicas com conteúdo sexual ou que promovam drogas nas escolas públicas e privadas de Teresina.
Após protocolar o Projeto de Lei Ordinário na Câmara Municipal de Teresina, a vereadora Samantha Cavalca conseguiu o que parecia improvável: reunir vereadores com ideologias diferentes em prol de uma mesma causa.
Conforme estipulado no Regimento Interno da Casa Legislativa, são necessárias pelo menos 15 assinaturas para que o Projeto de Lei seja tratado em “regime de urgência especial”. Este regime permite que as Comissões analisem, emitam parecer e submetam a proposta à votação imediata.
Embora as Comissões ainda não tenham sido formadas — o que deve ocorrer na primeira sessão após o recesso legislativo — a vereadora já começou a coletar assinaturas para levar a proposta à pauta do dia.
Surpreendentemente, os vereadores do PT foram os primeiros a apoiar o requerimento de urgência, com assinaturas de João Pereira, Dudu Borges e Deolindo Moura.
O vereador Dudu elogiou a atuação da nova parlamentar, considerando-a fundamental para a renovação democrática na Câmara Municipal.

Dudu afirmou que o projeto não possui viés político.
“Samantha começou, sem dúvida, ‘com o pé direito’. Em uma democracia, é crucial haver renovação, pois isso traz novas perspectivas e diversidade para a Casa. Quero ressaltar que todos os 28 vereadores irão assinar esse projeto, sem dúvida. Este não é um projeto de direita ou esquerda, de Samantha ou de Dudu, mas sim de todo o povo teresinense. Qualquer medida que busque proteger nossas crianças terá meu apoio”, declarou Dudu.
A vereadora ressaltou que o intuito do projeto não é atacar ou criminalizar gêneros musicais específicos, como o funk, frequentemente criticado, mas sim abranger todos os gêneros que desqualifiquem mulheres, incentivem o uso de drogas ou reforcem preconceitos.
“Este projeto não visa criminalizar o funk, como têm sugerido, mas aborda todos os tipos de música que depreciem a mulher, promovam drogas ou perpetuem preconceitos. Também inclui questões como racismo e respeito às pessoas com deficiência”, esclareceu Samantha.
Embora ainda faltem algumas assinaturas, Samantha busca a unanimidade.
“O presidente da Casa já assinou, assim como colegas do PT e vereadores de outros partidos. Agradecerei nominalmente a todos depois. Apenas meus companheiros de partido ainda não assinaram, mas espero que ninguém se oponha a essa proposta. Essa é a nossa expectativa”, concluiu a vereadora.
Fonte: Portal AZ