Padrasto é preso suspeito de envenenamento de arroz que matou quatro pessoas no Piauí


Francisco de Assis Pereira da Costa é padrasto de Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, duas das quatro vítimas do envenamento (Foto: Globoplay, Reprodução)

Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (8) suspeito do envenenamento que matou quatro pessoas de sua família em Parnaíba, no litoral do Piauí. Ele também foi hospitalizado no dia 1º de janeiro deste ano, mas recebeu alta. As informações são do g1.

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A Polícia Civil do Piauí (PCPI) vai realizar uma coletiva de imprensa às 10h desta quarta para explicar os motivos que levaram à prisão de Francisco.

Francisco é padrasto de Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e de Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, duas das quatro vítimas do envenamento. Ao todo, nove pessoas da mesma família comeram a comida alterada com terbufós, uma substância tóxica semelhante ao “chumbinho” e utilizada como inseticida.

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Quem são as vítimas

Francisca Maria da Silva, de 32 anos, que morreu na madrugada de terça (7), foi a quarta vítima do envenenamento. Também morreram dois filhos dela, de um ano e três anos, e o irmão dela, de 18. Uma filha dela, de quatro anos, segue no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As demais pessoas já receberam alta.

Francisca tinha cinco filhos, sendo que quatro deles morreram por envenenamento. Além dos dois que faleceram após comer o baião de dois (arroz com feijão), outros dois morreram depois de comerem cajus envenenados em agosto de 2024.

Segundo a polícia, não há relação entre os dois envenenamentos. No caso de agosto, uma vizinha que havia dado os cajus para as crianças está presa por duplo homicídio qualificado.

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O que diz o laudo

O laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) sobre a comida que foi ingerida pela família revelou que o veneno estava no baião de dois preparado por eles no dia anterior. Com o resultado, a Polícia Civil do Piauí (PCPI) investiga o caso como homicídio.

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Segundo o médico Antônio Nunes, diretor do IML, o veneno foi colocado em grande quantidade no alimento.

— Estava em todo o arroz, em grânulos visíveis — comentou o médico.

Já no peixe que foi doado à família na noite do dia 31, nada foi encontrado. A princípio, suspeitou-se que ele estivesse envenenado ou mesmo estragado, mas o exame pericial afastou essa possibilidade, e o casal que o entregou às vítimas não é mais considerado suspeito pela polícia.

A substância encontrada foi o veneno “terbufós”, da classe dos organofosforados, utilizado como inseticida e nematicida (pragas de plantas). Ele ataca o sistema nervoso central e a comunicação entre músculos, causando tremores, crises convulsivas, falta de ar e cólicas. Os efeitos aparecem pouco tempo depois da exposição ao veneno, podem deixar sequelas neurológicas e causar a morte.

A substância é a mesma que foi usada para envenenar, em 2024, dois meninos de 7 e 8 anos da mesma família, filhos de Francisca Maria. Os dois comeram cajus contaminados com a substância que foram dados a eles por uma vizinha. A mulher está presa por duplo homicídio qualificado.

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Fonte Original da Matéria

Mariana Beltrão

Sou redatora, revisora e tradutora de textos, formada em Letras e em Filosofia, estou sempre em busca de conhecimentos. Atualmente escrevo para o portal Folha de Parnaíba, sempre buscando as últimas notícias para os leitores.

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