Kevin Zenón, do Boca Juniors, é promessa do futebol argentino e vibra com proximidade dos ídolos
Admirador de Riquelme, com uma tatuagem de Messi, e possivelmente o sucessor de Di María. Esse é Kevin Zenón, de 23 anos, uma das grandes promessas do Boca Juniors. Ele se prepara para enfrentar o Benfica e o Bayern de Munique no Mundial de Clubes da Fifa, que começa em junho. Avaliado em mais de 10 milhões de euros (cerca de R$63 milhões), o meia-atacante se destaca por sua perna esquerda precisa e sua leitura ágil do jogo.
Natural de Goya, Corrientes, Zenón se juntou ao Boca Juniors em 2024, vindo do Unión de Santa Fe. Seu estilo técnico refinado e forte personalidade rapidamente o garantiram uma vaga como titular. Em seus primeiros 24 jogos pelo Boca, ele contribuiu com 10 gols diretos (quatro gols e seis assistências). No ano passado, em sua temporada de estreia, participou de 50 partidas, marcando 6 gols e fornecendo 8 passes.
Uma de suas assistências aconteceu nos Jogos Olímpicos de Paris, onde fez sua estreia na seleção argentina sub-23, que foi eliminada nas quartas de final.
— Ele tem potencial para a seleção argentina. Seu pé esquerdo é impressionante. Pode não ser o mais veloz fisicamente, mas sua velocidade mental é notável. Possui um bom drible curto e uma grande capacidade de criar chances para os atacantes. No Unión, ele já mostrou sua qualidade e logo se destacou no Boca — comenta Facundo Santorrosa, do Diario Olé.
No momento, Zenón não está em sua melhor fase, mas isso não é culpa sua. O ambiente no Boca não é favorável. O técnico Fernando Gago, que assumiu o time no segundo semestre do ano passado, foi demitido no final de abril após uma derrota para o River Plate. Até agora, o presidente Juan Riquelme ainda não anunciou um substituto.
Riquelme foi fundamental na contratação de Zenón. Crescendo em uma família de torcedores do Boca, o jovem ainda se maravilha com a oportunidade de conviver diariamente com um dos seus grandes ídolos. Ao relembrar o primeiro encontro com o ex-camisa 10, ele compartilha suas emoções.
— Quando o conheci, não acreditei. Era inacreditável estar com ele. Na primeira vez que o ouvi falar, só conseguia agradecer e não sabia o que dizer. No vestiário, eu ficava o tempo todo observando-o, como uma criança — relembra Zenón, que homenageou Riquelme ao imitar a icônica comemoração “Topo Gigio” ao marcar seu primeiro gol pelo Boca no ano passado.
Sua primeira experiência com a seleção argentina também foi emocionante. Durante um treino da seleção sub-23 nos Jogos Olímpicos, ele teve a oportunidade de conhecer Lionel Messi, cuja imagem ele tatuou em seu corpo junto com o troféu do Mundial de 2022.
— Fiquei envergonhado. É inacreditável vê-lo, dá até medo de pedir uma foto. Você não sabe o que fazer. Para ele, é algo normal; acontece com ele como com as crianças. Pedi uma foto e fui embora, muito feliz e incrédulo. Tenho ele tatuado com a taça — contou.
Com a participação do Boca Juniors no Mundial de Clubes, Zenón terá a chance de brilhar em um cenário internacional. O jovem talento poderá solidificar seu nome no mundo do futebol e, quem sabe, abrir portas para uma futura transferência para clubes europeus. Ele já recebeu sondagens do Benfica, de Portugal, para substituir Di María, além de propostas do Porto e do Hoffenheim, da Alemanha, que foram rejeitadas pelo clube por não atingirem a multa rescisória de 20 milhões de euros.