Polícia Civil investiga desvio em cartões corporativos da DPL Construções
A Polícia Civil do Piauí está investigando um esquema de desvio de dinheiro em cartões corporativos, tendo como vítima a empresa DPL Construções, que presta serviços para a Equatorial Piauí. O principal suspeito do crime é um ex-funcionário, demitido logo após auditoria na empresa.
O inquérito foi instaurado no dia 30 de abril deste ano pela Delegacia Especializada na Defesa de Bens e Serviços Públicos (Debesp), e será presidido pelo delegado Paulo Gregório.

Polícia Civil do Piauí
Segundo informações obtidas pelo GP1, o crime veio à tona após o supervisor do setor de frota da DPL ser informado de que um funcionário em viagem não estava conseguindo abastecer o veículo da empresa devido a problemas no cartão corporativo Ticket Log.
No sistema, constava que o cartão de abastecimento havia sido cancelado e o cartão de substituição estava em posse de outra pessoa, até então desconhecida.
Auditoria
Diante da situação, o supervisor iniciou uma auditoria interna e identificou o possível envolvimento do auxiliar administrativo do setor de frota, que tinha acesso irrestrito à plataforma do sistema Ticket Log. Ele também era um dos responsáveis pela liberação de abastecimentos junto aos postos de combustíveis em casos de falha na transação do cartão.
O funcionário também possuía acesso às senhas de abastecimento de todos os colaboradores cadastrados no sistema. A apuração concluiu que ele alterava essas senhas sem o conhecimento dos titulares e, posteriormente, ele próprio — ou alguém de sua confiança — ligava para a empresa do cartão solicitando a liberação do abastecimento de determinados veículos, alegando problemas técnicos.
Todos os abastecimentos suspeitos ocorreram em um posto de combustíveis localizado na zona norte da cidade. O proprietário e os funcionários do estabelecimento negaram qualquer vínculo com o suspeito e afirmaram desconhecer a prática do ato ilícito.
Valor do prejuízo
Foi constatada a subtração de R$ 179.686,93 (cento e setenta e nove mil, seiscentos e oitenta e seis reais e noventa e três centavos) através dos abastecimentos ilegais, durante dezembro do ano passado e janeiro deste ano.
A polícia busca identificar quem teria sido beneficiado com os abastecimentos de combustíveis ilegais.