Fissura anal crônica: como o laser vem revolucionando o tratamento
A fissura anal crônica é uma condição que afeta milhares de pessoas, impactando diretamente a qualidade de vida por causar dor intensa, sangramentos e desconforto persistente na região anal. Trata-se de uma pequena lesão ou corte no revestimento do canal anal que, quando não cicatriza em até oito semanas, passa a ser classificada como crônica. Felizmente, a medicina tem evoluído, e o tratamento com laser para fissura anal tem se mostrado uma solução moderna, segura e eficaz — especialmente para quem sofre há meses ou até anos com o problema.

Neste artigo, vamos entender o que é a fissura anal crônica, seus sintomas mais comuns, por que ela se torna persistente e como o uso da tecnologia a laser está revolucionando o tratamento, oferecendo recuperação mais rápida, menos dor e resultados duradouros.
O que é fissura anal crônica?
A fissura anal é uma pequena ferida linear localizada no ânus, geralmente causada por trauma local, como evacuação de fezes ressecadas ou volumosas, diarreias frequentes ou mesmo esforço excessivo ao evacuar. Em sua fase aguda, a fissura pode cicatrizar com cuidados simples. No entanto, quando ela se mantém por mais de 6 a 8 semanas, torna-se crônica.
A fissura anal crônica e seus sintomas incluem:
- Dor intensa e persistente ao evacuar, que pode durar minutos ou até horas após o término da evacuação;
- Sangramento, geralmente em pequena quantidade, visível no papel higiênico;
- Coceira e ardência na região anal;
- Espasmo do esfíncter anal, que mantém o músculo contraído e dificulta ainda mais a cicatrização;
- Formação de pápula sentinela, uma espécie de nódulo ou pele espessa ao redor da fissura, indicativa de cronicidade.
Em casos crônicos, a fissura forma um ciclo vicioso: dor leva à contração do esfíncter, que reduz a circulação local, impedindo a cicatrização e perpetuando o problema.
Por que a fissura anal crônica é tão difícil de tratar?
Diferentemente de feridas superficiais em outras partes do corpo, a fissura anal sofre agressões constantes por conta da evacuação, da musculatura local e da umidade da região. Com o tempo, forma-se um endurecimento das bordas da lesão e um aumento da tensão no esfíncter interno, dificultando a regeneração do tecido.
Além disso, muitos pacientes demoram a buscar ajuda médica, convivendo com a dor por meses. Em idosos, pessoas com prisão de ventre crônica, ou com doenças inflamatórias intestinais, o risco de cronificação é ainda maior.
O tratamento clínico (com pomadas cicatrizantes, anestésicos, banhos de assento e mudança alimentar) pode funcionar em muitos casos, mas há pacientes que não respondem a essas abordagens e precisam de alternativas mais eficazes.
Como o laser vem revolucionando o tratamento da fissura anal crônica?
Com os avanços da coloproctologia, o tratamento com laser para fissura anal tem se tornado uma das opções mais modernas e promissoras. Utilizando tecnologia minimamente invasiva, o procedimento é realizado com um equipamento que aplica feixes de laser diretamente na área afetada.
Os principais benefícios do tratamento a laser incluem:
- Menor dor no pós-operatório: o laser promove uma cauterização suave e precisa, sem cortes amplos.
- Cicatrização mais rápida: a energia do laser estimula a regeneração celular e melhora a circulação sanguínea local.
- Preservação da musculatura anal: diferentemente de técnicas mais antigas, como a esfincterotomia, o laser trata a fissura sem a necessidade de cortar o músculo esfíncter, o que reduz o risco de incontinência.
- Procedimento ambulatorial: em muitos casos, pode ser feito em regime de hospital-dia, com alta no mesmo dia.
- Recuperação rápida e retorno precoce às atividades: em comparação com cirurgias tradicionais, o tempo de recuperação é muito menor.
O tratamento é indicado especialmente para pacientes que já passaram por diversas tentativas clínicas sem sucesso, têm dor intensa e limitações no dia a dia, ou apresentam complicações como fissuras múltiplas e recorrentes.
Como é feito o procedimento com laser?
Após avaliação clínica detalhada e confirmação do diagnóstico, o paciente é orientado sobre a realização do procedimento. Em geral, a aplicação do laser é feita com anestesia local ou sedação leve, e dura cerca de 30 a 60 minutos.
Durante o procedimento, o médico utiliza o laser para cauterizar a borda da fissura, eliminar tecidos endurecidos, estimular o fluxo sanguíneo e facilitar a cicatrização. Em alguns casos, também é realizada a aplicação de toxina botulínica no esfíncter interno, ajudando a reduzir a tensão muscular e promovendo o alívio da dor.
Após o procedimento, o paciente é orientado a manter cuidados simples em casa:
- Banhos de assento com água morna;
- Alimentação rica em fibras;
- Hidratação adequada;
- Uso de pomadas ou medicações conforme prescrição médica.
A dor costuma reduzir significativamente nos primeiros dias, e a maioria dos pacientes já se sente bem melhor em menos de uma semana.
O laser é seguro para todos os pacientes?
O tratamento com laser é seguro e eficaz, inclusive para pacientes da terceira idade, que muitas vezes têm contraindicações para cirurgias tradicionais. No entanto, é fundamental que o procedimento seja feito por um coloproctologista experiente, que avaliará o caso individualmente e indicará a melhor abordagem.
Pacientes com doenças anais associadas, como fístulas ou hemorroidas graves, podem precisar de tratamentos combinados. Em todos os casos, o acompanhamento médico próximo é essencial para garantir os melhores resultados.
Conclusão
A fissura anal crônica é uma condição que causa sofrimento físico e emocional, especialmente quando o paciente convive por muito tempo com dor, medo de evacuar e frustração com tratamentos que não funcionam. A boa notícia é que a medicina evoluiu — e hoje, o tratamento com laser para fissura anal representa uma verdadeira revolução.
Com uma abordagem menos invasiva, segura e altamente eficaz, o laser oferece alívio rápido da dor, cicatrização duradoura e melhora significativa na qualidade de vida. Se você sofre com fissura anal crônica, procure um coloproctologista e conheça essa tecnologia. Sofrer em silêncio não precisa mais ser uma opção.