Mortalidade infantil diminui e esperança de vida ao nascer aumenta no Piauí, aponta pesquisa
A Superintendência de Estudos Econômicos Sociais e Planejamento Participativo (CEPRO) apresentou nesta quarta-feira (23) a Síntese dos Indicadores Sociais do Piauí 2024 com dados que trazem um panorama da assistência social, segurança alimentar, educação e do tempo de vida do piauiense ao longo dos últimos anos. Os números mostram um dado positivo: diminuiu a mortalidade infantil ao passo que a expectativa de vida ao nascer aumentou no Estado de entre os anos de 2022 e 2023.

Mortalidade infantil diminui e esperança de vida ao nascer aumenta no Piauí, aponta pesquisa
A taxa de mortalidade na infância no Estado em 2022 era de 18,58% e caiu para 17,1% em 2023. A diminuição foi de 1,48 ponto percentual. Já a expectativa de vida ao nascer do piauiense aumentou quatro anos, saindo de 72,27 anos em 2023 para 76,96 anos em 2024. Significa dizer que os piauienses estão tendo mais qualidade de vida nos anos iniciais e isso vem se refletindo no aumento do tempo de vida como um todo, segundo apontou a Fundação CEPRO.
Com uma expectativa de vida de quase 77 anos, o tempo médio de vida do piauiense supera a média nacional de 76,61 anos, e a média do Nordeste, que é de 76,15 anos. A pesquisa aponta que este aumento está diretamente associado ao acesso a tratamentos médicos e serviços de saúde pública. A composição da população do Piauí de acordo com a idade também reflete isso: mais da metade da população piauiense é composta por pessoas entre 18 e 59 anos (59,3% da população).
A esperança de vida ao nascer está relacionada com a assistência social, a segurança alimentar, às condições dos domicílios, saneamento básico, educação e saúde. A Fundação CEPRO afirma: “as condições de vida incluem acesso ao Bolsa Família e inscrição no CadÚnico. Uma vida digna passa por uma condição de domicílio adequado. A educação é um fator que possibilita um maior desenvolvimento e a saúde é fundamental para proporcionar melhores condições de vida seja na esfera social ou econômica”.
Quanto mais saudável a população, maior a expectativa de vida ao nascer e este indicador é considerado no estudo como a chave que reflete avanços na área da saúde e na cobertura de serviços médicos. “Isso se traduz em uma menor taxa de mortalidade infantil e materna, além de mais médicos e leitos por habitante, o que contribui para a longevidade mais saudável da população”, diz o estudo.

Mortalidade infantil diminui e esperança de vida ao nascer aumenta no Piauí, aponta pesquisa
De acordo com os dados da Fundação CEPRO, 47,1% da população piauiense tem cobertura do Bolsa Família, recebendo valores médios de R$ 676. A proporção de famílias inscritas no CadÚnico chega a 68% e mais da metade dos habitantes do Estado têm segurança alimentar garantida (55,7%). Mais de 70% da população é atendida com abastecimento de água e o percentual de coleta direta de resíduos sólidos, que contribui para a redução da transmissão de doenças, é de 68%.
Houve um avanço nestes indicadores, segundo revela a pesquisa. A segurança alimentar, por exemplo, saltou de 31,77% em 2004 para 55,7% em 2023.
Como funciona a pesquisa
A Síntese dos Indicadores Sociais do Estado do Piauí é uma publicação anual que aborda os indicadores considerados essenciais sobre a realidade do estado, abordando temas estruturais como a educação e a saúde da população. Os dados oferecem uma base para o planejamento público e estudos comparativos do desempenho do Piauí frente ao cenário regional e nacional. “A partir da análise é possível traçar estratégias para melhorar as condições de vida, reduzir desigualdades e promover um desenvolvimento justo e sustentável”, finaliza Cíntia Beatriz Machado, superintendente da Fundação CEPRO.
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